sexta-feira, 20 de novembro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Definitivamente...ainda nao sabem cantar!

Gente...eu tenho que dividir com voces...
Durante minha primeira prova do Quarto Bimestre, solicitei que meus aluninhos amados completassem o Hino Nacional Brasileiro...
Sem citar nomes, postarei aqui as "novas frases e palavras" que eles incorporaram ao nosso Hino.

Parte I

"Ouviram do Ipiranga as margens__________?"

Respostas:

  1. plasidas,
  2. plascidas,
  3. placitas,
  4. plascitas,
  5. solido.

(Santo Cristo!)





"Brasil,
_______________________________________
_______________________________________
Se em teu formoso ceu, risonho e limpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece."

Respostas:

  1. ...de um sonho "tenco"...
  2. ...de um sonho intenso "seja simbolo"...
  3. ...de um sonho "espledido"...(sem o n mesmo!)
  4. ...de "amor interno"..."na labara do que e estrelado"...
  5. ...de "amor solido"...
  6. ..."um sonho eterno"...

(Valei-me Jesus...rs)

Parte II

"Deitado eternamente em berco esplendido,

Ao som do mar e a luz do ceu profundo,

Fulguras oh Brasil,___________________,

Iluminado ao sol do Novo Mundo!"

Respostas:

  1. "Forom" da America...
  2. "Forao" da America...(com acento til)
  3. "Foram" da America...
  4. "Foram altas" America(s)...
  5. "Fora" da America...
  6. "Formando" America...
  7. "Farol" da America...

(Soh rindo meu povo...rs)

"Do que a Terra, mais garrida,

Teus risonhos, lindos campos tem mais flores;

"Nossos bosques tem mais vida",

_____________________________________.

Respostas:

  1. "Nossas vidas tem mais flores"...
  2. "Nossa vida entre o seio mas amores"...
  3. "...propria morte"...
  4. "Nossa vida tem seio"...
  5. "Nossa vida oque(junto) tem e (acento agudo) mais amor"...
  6. "Nos teus seios amores"...
  7. "Nossa vida muito seio mais amores"...(hahahaha, essa foi boa!)

(...)

"Brasil,

__________________________________

__________________________________

__________________________________

"Paz no futuro e gloria no passado."

Respostas:

  1. ..."se ergue"...
  2. ..."o labaro (tres pontinhos) estrelados, erdiga(?) ao verde louro"...
  3. ..."e muito legal"...
  4. ..."de um povera de retumbante"...
  5. ..." o labaro osqueostenta"...
  6. ..."o labaro que os crustentas...e de o verde-louro nessa formula"...
  7. ..."...e diga o leite louco desta formula"...(essa, foi a melhor...kk)

(O LEITE LOUCO? :-DDDD)

Meus amores...tudo bem, voces ainda cantarao muitos Hinos pela frente e entao poderao ficar melhores, antes que passem pelo "carao" que passou a Vanusa ou os "talentosos idolos" do Brasil.(clique no link para ver o video). Mas ao menos o erro servira para o aprendizado, certo?(Espero eu!)

Grande beijo e vamos treinando!

Amo voces!

:-D

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Hino Nacional? Voce realmente sabe cantar?

A lei que obriga a execução do Hino Nacional uma vez por semana nas escolas públicas e particulares de ensino fundamental ja está no Diário Oficial da União desde o dia 22 de Setembro. De autoria do deputado federal Lincoln Portela (PR-MG), a lei foi sancionada na segunda-feira, dia 21, mas ja estava em tramite desde o ano passado.

Depois da repercussao do Hino Nacional cantado (?) pela cantora Vanusa (embora nao tenha sido por esta razao) a obrigatoriedade de se conhecer ao menos o referencial maximo de um pais, que sao o hino e a bandeira nacional, fez-se notoria, uma vez que segundo pesquisas, concluiu-se que a maioria da populacao nao sabe cantar o Hino Nacional.

Pensando em ajudar meus queridos aluninhos que balbuciam o Hino as quintas-feiras, postarei aqui o nosso querido Hino juntamente com o vocabulario, para que nao somente cantem corretamente as palavras, mas tambem, saibam o significado do que estao cantando.
Antes disso, vamos a algumas curiosidades:


A busca por um Hino comecou ja em 1889, apos a Proclamacao da Republica, quando
o Governo Brasileiro promoveu um concurso para elege-lo. Em primeira instancia
somente a musica fora concluida e, entao, quase vinte anos depois surgiu a letra
de Joaquim Osorio Duque Estrada, o famoso "Ouviram do Ipiranga", no entanto, apos sete anos, ele ainda fez 11 modificacoes na letra.
Vejamos quais foram as frases modificadas:

Da Independencia o brado retumbante
De um povo heroico o brado retumbante

Pelo amor da liberdade
Em teu seio, oh liberdade

Quando em teu ceu, risonho e limpido
Se em teu formoso ceu, risonho e limpido

Es grande, es belo, impavido colosso
Es belo, es forte, impavido colosso

Dos filhos do teu flanco es mae gentil
Dos filhos deste solo es mae gentil

Entre as ondas do mar e o ceu profundo
Ao som do mar e a luz do ceu profundo

Fulguras, oh Brasil, joia da America
Fulguras, oh Brasil, florao da America

Brasil, seja de amor eterno simbolo
Brasil, de amor eterno seja simbolo

O pavilhao que ostentas estrelado
O labaro que ostentas estrelado

Mas, da justica erguendo a clava forte
Mas, se ergues da Justica a clava forte



As vesperas do centenario da Independencia, o Presidente
Epitacio Pessoa declarou a letra oficial no dia 6 de Setembro de 1922. Como
Francisco Manuel ja havia morrido, o maestro cearense Alberto Nepomuceno foi
chamado para fazer as adaptacoes na musica. Pela letra do hino, Duque Estrada
ganhou 5 contos de reis, dinheiro suficiente, na epoca, para comprar metade de
um carro. Entrou tambem para a Academia Brasileira de Letras.


Entao, vamos ao Hino.

I

Ouviram do Ipiranga as margens placidas
De um povo heroico o brado retumbante


Vocabulario:
Placidas= serenas, sossegadas, mansas, tranquilas
Brado= grito, clamor
Retumbante= estrondoso, que faz eco

Explicacao:
Primeiro vamos por os versos na ordem direta: "As margens placidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico". Assim fica mais facil. Esses versos falam sobre a proclamacao da Independencia do Brasil, em 7 de Setembro de 1822. Como o grito de D. Pedro I foi dado perto do Ipiranga, em Sao Paulo, o autor diz que as margens do sossegado riacho teriam ouvido o grito de independencia, um desejo de todos os brasileiros que haviam lutado heroicamente por aquele momento.

E o sol da liberdade em raios fulgidos
Brilhou no ceu da patria nesse instante.

Vocabulario:
Fulgidos= cintilantes, que tem brilho

Explicacao:
Ao ouvir o grito da Independencia, que tornou o pais livre de Portugal, o sol da liberdade brilhou no ceu do Brasil.

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com BRACO FORTE, (e nao no plural)
Em teu seio, oh liberdade
Desafia o nosso peito a propria morte!

Vocabulario:
Penhor= garantia, seguranca, prova

Explicacao:
Tambem vamos por na ordem direta primeiro: "O nosso peito desafia a propria morte, em teu seio o liberdade, se conseguimos conquistar o penhor dessa igualdade com braco forte". Um povo unido e capaz de enfrentar ate mesmo a morte. A expressao "braco forte" se refere a forca do povo na conquista desse ideal.

Oh patria amada, idolatrada
Salve, salve!

Vocabulario:
Idolatrada= querida, amada

Explicacao:
Uma declaracao de amor ao Brasil.

Brasil, um sonho intenso, um raio vivido,
De amor e de esperanca, a terra desce,
Se em teu formoso ceu, risonho e limpido
A imagem do Cruzeiro resplandece.

Vocabulario:
Vivido= ardente, vivo, luminoso, brilhante
Limpido= puro, luminoso
Resplandece= brilha
Cruzeiro= Cruzeiro do Sul, constelacao formada por 54 estrelas, das quais so sao visiveis a olho nu as dispostas em forma de cruz

Explicacao:
Na ordem direta, ficaria assim: "Um sonho intenso, um raio vivido de amor e de esperanca desce a terra, Brasil, se a imagem do Cruzeiro resplandece em teu ceu formoso, risonho e limpido". A constelacao do Cruzeiro do Sul, no ceu formoso e limpido do Brasil, faz aparecer sobre o nosso pais a imagem de uma cruz. Por isso, o povo brasileiro contempla o brilho dessas estrelas e ve nelas a luz do amor e da esperanca.


Gigante pela propria natureza,
Es belo, es forte, impavido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.

Vocabulario:
Impavido= corajoso, destemido, que nao tem medo
Colosso= objeto de dimensoes imensas
Espelha= reflete

Explicacao:
O Brasil e comparado a um gigante por causa de suas dimensoes territoriais e de sua beleza natural. O futuro dessa nacao ira refletir tambem no futuro de seu povo.


Terra adorada
Entre outras mil,
Es tu Brasil,
Oh patria amada!

Explicacao:
Entre outras tantas nacoes, nossa patria e amada e adorada. O autor exagerou. Nao existem mil nacoes no mundo. Hoje sao 200.

Dos filhos deste solo es mae gentil,
Patria amada,
Brasil!

Explicacao:
O Brasil e uma terra boa, que nao nega nada a seus filhos. Por isso e tao amado.


E a segunda parte fica para a proxima, enquanto isso...sigam treinando!
Bjo,
:D


Fontes: "O Guia dos Curiosos", Marcelo Duarte, Cia. das Letras; Internet, Youtube...My Head...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Felicidade - Filosofia & Psicologia

Ola turminha do Ensino Medio...este video e um dos muitos videos que assisto do Dr. Paulo Ghiraldelli, filosofo da cidade de Sao Paulo, como ele mesmo se autodenomina e e conhecido...pois bem, este e um filosofo conhecido pela irreverencia e como todo questionador, possui seus adeptos e aqueles que o criticam. Mas enfim, quem nao os tem nao eh mesmo?

Peco que assistam as palavras dele e respondam as seguintes questoes:

1. A concepcao de felicidade que temos hoje e a mesma que tinham os gregos na Antiguidade?
2. A felicidade so pode ser eficaz se for coletiva e nao individual?
3. O que e primazia? A etica ou a sua felicidade?


Qualquer duvida...vamos conversando, ok?
Grande beijo,


Felicidade - Filosofia & Psicologia
Uploaded by pgjr23. - College experience videos.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Universidade em Macau




Olá turma...já faz tempo que não passo por aqui não é mesmo?


O blog está meio abandonado...desculpem-me! Mas prometo que depois da Festa dos Anos 60, voltaremos à ativa!


Já havia comentado antes com o pessoal do Terceirão sobre a Uab e como estou falando de China com a Oitava Série, também comentei com eles à respeito e hoje duas alunas vieram pedir mais informações, então segue o link para que voces possam acessar o site e saber mais à respeito, ok?


Grande beijo e lembrem-se:


"Não existem dificuldades se a vontade de chegar é grande!"






Como proceder:




Acesse o link( http://www.univ-ab.pt/students/guia/)e no Bem Vindo em chines (eu sei que voce não sabe ler chines!), há um link que vai te levar ao site da Universidade Aberta Internacional da Ásia e chegando lá é só clicar em portugues( tudo bem se voce quiser ler em chines) e ver a infinidade de cursos que voce pode realizar e aí é só se planejar e "partir para o abraço!"

domingo, 16 de agosto de 2009

Reflexoes de Guerra


Nao que queira limitar este simplorio blog em noticias morbidas ou sobre guerras. No entanto, ha coisas que devem sempre estar em nossa mente, batendo como um sino ate que aprendamos, ou ao menos tentemos, sermos sabios. Sim, pois
o tolo persiste no erro, o inteligente aprende com os seus e o sabio aprende
vendo erros alheios, para que nao o faca.
Esta semana, embora tenha sido o conhecido Obon, ou Natsu Yasumi, fora tambem dias de reflexao e memorias, seja na televisao, apresentando documentarios sobre Hiroshima ou Nagasaki, filmes como o Hotaru no Haka sao sagrados, e, embora tao antigo, impossivel nao ve-lo e uma vez mais deixar as lagrimas rolarem.


A prefeitura de Hamamatsu tambem exibia uma serie de fotos-documentarios, os quais tive a oportunidade de observa-los por mais de uma hora. Fotos horrendas de pessoas carbonizadas e outras mostrando figuras que representavam o que foram aqueles dias marcados na historia.


Tantos sentimentos nos veem a mente: angustia, indignacao, compaixao, amor, odio e uma serie de indagacoes que eu, nao tendo nenhum caso direto, inevitavelmente nao consegui explicar, que dira, quem teve parte de si arrancada, quando um ente querido, seja amigo, parente, vizinho, verozmente levado pelos designios da guerra.


Hoje, dia 16, a TV japonesa nos ilustrou um, dos milhares de casos, que representa o que fora a guerra. Nao fatos isolados, nao uma massa de pessoas sem nomes e sonhos, mas pessoas unicas e com aspiracoes que jamais serao concretizadas.

Lembro-me que ano passado, solicitei aos alunos de Toyohashi que mencionassem num trabalho as consequencias das bombas jogadas em Hiroshima e Nagasaki. Todos foram enfaticos e descreveram muito bem o que as bombas ocasionaram: lesoes corporais, destruicao total e consequencias atomicas que perduraram por anos e anos. Porem, dois receberam destaque, o que fiz questao em ler a sala, enfatizando o que demonstraram em seus trabalhos: Sonhos. Interrompidos, frustrados...


Dona Yasuko e um grande exemplo de sonhos e aspiracoes interrompidas. Aos vinte anos casou-se com um rapaz de nome Takahiro. Seu casamento duraria apenas 3 horas. Convocado para a guerra, a ultima cena a qual ela se lembra, hoje, apos 64anos, e de seu marido, entrando ao trem que o levaria para uma viagem apenas de ida. Durante esse periodo, recebera duas cartas, uma de Takahiro e outra informando de seu falecimento na ilha de Okinawa. Casou-se novamente aos 33 anos, constitui uma familia grande, mas jamais conseguiu visitar o local, onde 240 mil soldados japoneses, possuem um memorial na Ilha de Okinawa.

Somente aos 72 anos, viuva e tendo a permissao dos filhos e netos, ela conseguia pela primeira vez, visitar Takahiro. E, em meio a tantos nomes, ao localizar na lapide..., como um filme que retrocede em segundos, sem hesitar, abracou a pedra e pos-se a chorar e a se lamentar. Como ele teria sido? Quantos filhos teriamos tido? Como sera que teriamos vivido como marido e mulher? O que sera que ele sentiu quando estava partindo?

Perguntas sem respostas...que jamais conseguiremos responder!

Para refletir...










sábado, 4 de julho de 2009

Quando não se vive as fases corretas da vida...


Quando fiz Introdução à Psicologia, estudei um quadro interessante...
Vivemos em ciclos e cada qual deve ser vivido em seu momento certo. Quando se pula fases, mais cedo ou mais tarde, esses ciclos poderão vir a aflorar e então, presenciaremos algumas bizarrices.
Nunca li tanto à respeito de Michael Jackson como esta semana que se seguiu após sua morte. Cresci ao som de Michael Jackson, lembro-me perfeitamente daquele poster de seu álgum Thriller 'pregado'na parede, no entanto...com tantos links em todo e qualquer site que entrava, impossível era não acessar e ler e ler e ler um pouco mais do que os diversos tablóides estampam sobre sua vida póstuma.
O grande problema das celebridades é que chega uma ocasião em que não os vemos mais como seres humanos, às vezes até esquecemos que os são e esquecemos até mesmo que eles, infelizmente morrem. Mas, enfim...
Voltando aos ciclos...o que dizer deste personagem que aos 50 anos, já tinha 45 de carreira? Quando se é criança...deveria se viver como criança: brincar, ter amigos...não foi o caso de Michael...tão novo e tão cheio de responsabilidades e cobranças...uma criança que vivia como um adulto!
Daí, inevitavelmente...convivemos com um Michael adulto que queria viver a todo custo a infancia perdida...com uma síndrome de Peter Pan...que não queria envelhecer, queria brincar e para isso até construiu, dispondo de milhões e milhões de dólares, tanto para a construção como para manutenção, um Parque de Diversões no seu intrigante rancho "Neverland"...
Ora, não vou aqui fechar os olhos para suas más atitudes...no entanto, é preciso reconhecer que o ser humano Michael Joseph Jackson era alguém sozinho, triste e com um imenso vazio existencial!
Era no palco, encenando, dançando, cantando, compondo que ele se encontrava e então, dessa forma, nos brindou com músicas e coreografias inesquecíveis.

E que fiquem as boas recordações...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A Etica Protestante e o Espirito do Capitalismo, Max Weber.

E comum ouvir dizer...Religiao, Futebol e Mulher nao se discutem!
No entanto, falar de politica, poder e ideologia sem mencionar religiao (ou a ausencia dela), eu diria, ser algo, quase, impossivel.Afinal, como vimos, o desenvolvimento (ou nao) de muitos paises, inclusive das grandes potencias da atualidade foram movidas pelo o que criam (ou ainda creem).
Em a Etica Protestante, Weber traca detalhadamente o tipo ideal de conduta religiosa que contribuiu decisivamente para o desenvolvimento qualitativo do capitalismo. Trata-se do ascetismo intra-mundano vivenciado pelos seguintes segmentos do protestantismo: calvinismo, pietismo, metodismo e seitas batistas.
Em suma, o ascetismo intramundano praticado pelos puritanos_ com seu elevado grau de racionalizacao_ engendrou segundo Weber, o espirito ao capitalismo, produzindo empresarios e trabalhadores ideais para a consolidacao de uma nova ordem mundial, que integrou como nenhuma outra, um numero excepcional de pessoas sintonizadas entre si, para canalizar esforcos produtivos (na economia) conforme a orientacao (politica) preestabelecida.

Entao, Terceirao...
Explique e argumente a seguinte hipotese de Max Weber:"Etica Protestante: ha algo no estilo de vida daqueles que professam o protestantismo que favorece o capitalismo."
Fato? Refutavel? Balela? Seja critico!

Ao Segundao...
Reflita sobre o espirito do capitalismo e em seguida analise quais teriam sido as reais consequencias e influencias desse sistema economico e a postura do homem diante da riqueza e exploracao do outro, visando lucros. A ambicao, que hoje guia deliberadamente os atos do homem, seria propria de uma sociedade capitalista ou ja estaria incrustada na alma do ser humano, antes mesmo do contato com religioes ou filosofias economicas? E, entao, o que me dizem???

Formativa valendo de 0 a 10.
Grande abraco!
Sandra
:)

domingo, 7 de junho de 2009

6 de Junho de 1944, 65 anos do dia D

A expressão D-Day apareceu a primeira vez nas ordens de batalha na Primeira Guerra Mundial. A partir de então, o Dia D, era o dia designado para o início de uma batalha ou operação.

Sem sombras de dúvidas, o D-Day mais famoso da História, completou ontem, 65 anos.

No dia 6 de Junho de 1944, cerca de 175 mil soldados anglo-saxões (americanos, ingleses e canadenses) desembarcaram corajosamente na Normandia para libertar a França de ocupações nazistas, sendo considerada a maior invasão aero-naval que a História já conheceu.(clique no link para ver Infográfico da invasão).

Advento marcado como o início da libertação do continente europeu da ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial, deixou um saldo, somente na Normandia, de 9.387 mortos, cujos corpos encontram-se no Cemitério de Colleville sur Mer em Calvados, parada obrigatória de políticos e veteranos da guerra.
Uma placa colocada no centro do local tráz uma triste e reflexiva afirmação:
"Para que a humanidade pudesse desfrutar a liberdade!"

Para refletir...
Beijo,
Sandra

sábado, 30 de maio de 2009

De que lado voce está? Entregar ou Cuidar?

Pode até parecer brincadeira...mas, daqui há alguns anos, será que encontraremos este tipo de anúncio? Recentemente comentei com os alunos uma reportagem sobre o Futuro da Amazonia: ONGs fraudulentas instaladas na floresta (mais de 350), a discussão da comunidade internacional sobre a "incompetencia" brasileira em administrá-la, biopirataria (acai, cupuacu, produtos unicos, registrados e patenteados por empresas multinacionais instaladas no local)...e tantos outros absurdos envolvendo nossa maior riqueza!Então lancei-lhes um desafio: Se a decisão estivesse em suas mãos, o que voce faria? Entregaria, como sugere a comunidade internacional (ainda que de forma indireta e especulativa em noticiários e discursos ao redor do mundo) ou tomaria atitudes "definitivas"? Sugestões? :-)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Simulados Fuvest

Uma forma muito eficaz de preparar-se para o Vestibular, com certeza, eh realizando (ate a exaustao) os simulados dispostos na Net.
Um que voces jamais devem deixar de faze-lo eh o da Fuvest, por esta razao estou dispondo o link (eh soh clicar no titulo) para que possam divertir-se...rs
Lembrem-se: todo esforco eh recompensado, entao...vamos dar uma forcinha a Lei da Atracao????

Melhor empenhar-se agora ou...ja sabem nao eh?!
Beijo,

quarta-feira, 20 de maio de 2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Terceirão...

Dando seguimento ao que vinham aprendendo sobre Domínios Climáticos, iniciaremos o Segundo Bimestre pelo setor 372, aproveitando a deixa para falarmos então sobre a Amazonia em todo o seu contexto, nos 3 primeiros módulos . Segue o Planejamento:

Setor 372

Módulos Temas
7............Ocupação e Degradação da Amazonia.
8............Formações Vegetais e Degradação Ambiental.
9............Poluição Ambiental.
10...........Crescimento Populacional, povoamento e migração interna.
11...........População Economicamente Ativa e Características Socioeconomicas.
12...........O problema habitacional e a composição étnica.


Setor 371

Módulos Temas

7............Espaço Industrial Europeu.
8............CEI: Histórico, Conflitos e Parque Industrial. A dolorosa volta ao Capitalismo.
9............China: Indústria e Abertura Economica.
10...........Japão: Desconcentração Industrial e os Tigres Asiáticos.
11...........Industrialização Substitutiva na América Latina.
12...........Índia: País subdesenvolvido industrializado.

Para a P1, Módulos 7 e 8 do Setor 372.
Até Segunda!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

QI Geográfico...valeu a participação!!!!

Olá thurma...férias...eeebbaaaaaaaaaaa!!!!!!
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a participação de todos no nosso QI Geográfico...foi bom demais!

A nota máxima por grupo foi de 99 pontos e quem comandou a vitória foi o Lucas Fragoso da Oitava...parabéns Lucas, mandou bem!
Atualmente quem está liderando no individual é o Douglas do Segundão com 110 pontos! Vamos ver quem consegue superá-lo????
Não esqueçam de postar o resultado linkando a página senão como teremos a certeza da veracidade, certo???

Esse game foi um teste para pensarmos em algo maior envolvendo mais salas e realizarmos no fim do Segundo Bimestre uma Gincana Cultural, lá no pátio, com torcida, grupos definidos e quem sabe, um brinde, um premio...vão pensando e nos deem dicas para realizarmos, blz?

Fiquem atentos as matérias e conteúdos, procurem ler à respeito do assunto, não esmoreçam e deixem de 'preguiça', é possível se aprender...sempre, se assim o quisermos!
Grande beijo, boas férias!!!
See You...
Prof...

domingo, 26 de abril de 2009

Terceirão...

Alguém aí sabe a programação do Bimestre???









Não????







Nem eu.............................................ainda!!!!!!







Bjo....para a Elite da escola!!!!!








PS: Estou planejando ok??? Don't worry!!!! Be happy!!!

Planejamento do Segundo Bimestre para o Segundão...

E como vai a sala mais talentosa da EAS???...(rs)
Bem??? Espero que sim...
Pois cantemos e estudemos, certo?

Segue para a "alegria" de voces o planejamento do Bimestre:

Capítulo 4· Estados Unidos

1. O quadro natural
2. A formação territorial dos Estados Unidos
3. A política externa estadunidense
4. População dos Estados Unidos
5. Agropecuária dos EUA
6. Recursos minerais
7. Distribuição espacial das indústrias nos Estados Unidos

Capítulo 5· Canadá: um país desenvolvido na periferia dos Estados Unidos?

1. Formação territorial
2. Um território de limites e grandes riquezas naturais
3. Uma economia desenvolvida dependente
4. Diferenças étnico- -territoriais e separatismo

Capítulo 6· América Latina

1. Caracterização espacial
2. México
3. América Central Sul

Para a P1 do dia 12/05, Módulos 19 e 20.


E é só...
Bjo...

Planejamento do Segundo Bimestre para o Primeirão

Hello...turminha da pesada!!!
Para o Segundo Bimestre teremos somente o capítulo 5, subdividido em 16 temas que se seguem:

Capítulo 5: Os grandes domínios morfoclimáticos
1. Paisagens naturais do globo seus determinantes
2. Domínios brasileiros
3. Domínio amazônico
4. Ocupação e degradação ambiental da Amazônia
5. Domínio dos cerrados
6. Ocupação e degradação ambiental dos cerrados
7. O domínio das caatingas
8. Ocupação e degradação ambiental das caatingas
9. Domínio dos mares de morros
10. Ocupação e degradação ambiental dos mares de morros
11. O domínio das araucárias
12. Ocupação e degradação ambiental das araucárias
13. Domínio das pradarias
14. Ocupação e degradação ambiental nas pradarias
15. As formações complexas do Brasil
16. Ocupação e degradação ambiental nas faixas de transição


Não se esqueçam: Para cada P, dois temas a serem tratados. Estudemmmm!!!!!
Para a P1 do dia 12/05, Módulos 19 e 20. Resolver os exercícios de Aplicação, pelo menos!!!!
Bjim...

Planejamento do Segundo Bimestre para as Oitavas...

Então queridinhos como andam? Bem??? Espero que sim...
Durante o Segundo Bimestre estudaremos a Península Européia e o "sofrido" e resistente continente africano.
Para que nos programemos melhor, segue o nosso planejamento para o Segundo Bimestre inteiro, facilitando assim a sua e a minha organização...
Como ainda não tenho o material atualizado (não recebi ainda) estou postando o conteúdo do ano passado, creio que não vá diferir muito, qualquer alteração os comunico, ok?

Grupos 4, 5 e 6.

19- A Europa no Mundo
20- A Diversidade Européia
21- Estrutura Geológica, Relevo e Hidrografia da Europa
22- Clima e Vegetação da Europa
23- As Atividades Economicas da Europa
24- A Doutrina Truman, o Plano Marshall e a Guerra Fria
25- O fim da URSS
26- A formação da União Européia
27- Os conflitos separatistas europeus
28- A África no contexto Mundial
29- As diferentes paisagens naturais da África
30- A colonização e descolonização da África
31- Divisão regional do continente africano: Vale do Nilo, Magreb e a região do Saara
32- África Ocidental, África Subtropical, África Central e África Oriental
33- A África do Sul e o Apartheid
34- Os conflitos africanos



Lembrando que para cada semana veremos 2 atividades, 19 e 20, 21 e 22, e, assim por diante. Para a P1 do dia 12/05, o conteúdo de estudo será as páginas 93 a 97 da Teoria e as Atividades a serem feitas serão a 19 e 20, Aplicação e Propostos ("sem choro e nem vela").
Pontos importantes a serem observados e fixados:

_ Por que razão a Europa é considerada berço da cultura mundial;
_ A heterogeneidade européia com relação a costumes, línguas e suas diversas guerras ideológicas;
_ Os Bascos e suas reinvidicações no contexto europeu;
_ A importancia atual da Europa no contexto mundial.

E, no decorrer do ano, assimilaremos os temas aprendidos com os demais que ainda veremos...

Qualquer dúvida ou reclamação, por favor, comuniquem-me!
Beijo e até amanhã!!!
Prof. Sandra

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Oitavas, Primeirão, Segundão e Terceirão...

Hola mi queridos...

Bem, como havíamos combinado este será então nosso "bat-local", nosso point, onde saberão de ante-mão (é assim que se escreve???) o que trataremos em cada aula. Aconselho-os, para não terem desculpas, assinarem o Feed, para que possam receber e-mails avisando quando postar algo novo e assim não ficarão desatualizados. E voce que não "entende" portugues, para que não venha a ter mais essa desculpa (kkk), coloquei um Translate ao lado, daí então, poderás escolher seu idioma preferido: chines, barrasa-indonésio, árabe, alemão...(kkkkk!!!!!).

Como sabem, semana que vem será nossa última aula antes do Golden Week e assim que retornarem teremos nossa P1, portanto, atenção.
Peço um pouquinho de paciencia com relação ao conteúdo programático do Segundo Bimestre, estou aguardando alguns avais e logo, logo postarei aqui "nossos brinquedinhos"...Antes do feriado, (se bem que...alguém lembra que se tem algo para estudar em Oyasumis????) já teremos nossa programação.
I promise you!
Enquanto isso...gostaria de desafiar-lhes a descobrirem seu QI Geográfico (barra ao lado), o meu mísero não passou dos 100...vamos descobrir quem será o (a) "Cara" em Geofísica, pelo menos no que se diz respeito à localização.
E, claro...como toda brincadeira merece recompensa...valerá como uma "Formativazinha"...
Então...mãos à obra!
Big beijo,
Prof. Sandra

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Para que Filosofia?

Convite à Filosofia
De Marilena Chaui
Ed. Ática, São Paulo, 2000.

Introdução
Para que Filosofia?

As evidências do cotidiano

Em nossa vida cotidiana, afirmamos, negamos, desejamos, aceitamos ou recusamos coisas, pessoas, situações. Fazemos perguntas como "que horas são?", ou "que dia é hoje?". Dizemos frases como "ele está sonhando", ou "ela ficou maluca". Fazemos afirmações como "onde há fumaça, há fogo", ou "não saia na chuva para não se resfriar". Avaliamos coisas e pessoas, dizendo, por exemplo, "esta casa é mais bonita do que a outra" e "Maria está mais jovem do que Glorinha".

Numa disputa, quando os ânimos estão exaltados, um dos contendores pode gritar ao outro: "Mentiroso! Eu estava lá e não foi isso o que aconteceu", e alguém, querendo acalmar a briga, pode dizer: "Vamos ser objetivos, cada um diga o que viu e vamos nos entender".

Também é comum ouvirmos os pais e amigos dizerem que somos muito subjetivos quando o assunto é o namorado ou a namorada. Freqüentemente, quando aprovamos uma pessoa, o que ela diz, como ela age, dizemos que essa pessoa "é legal".

Vejamos um pouco mais de perto o que dizemos em nosso cotidiano.

Quando pergunto "que horas são?" ou "que dia é hoje?", minha expectativa é a de que alguém, tendo um relógio ou um calendário, me dê a resposta exata. Em que acredito quando faço a pergunta e aceito a resposta? Acredito que o tempo existe, que ele passa, pode ser medido em horas e dias, que o que já passou é diferente de agora e o que virá também há de ser diferente deste momento, que o passado pode ser lembrado ou esquecido, e o futuro, desejado ou temido. Assim, uma simples pergunta contém, silenciosamente, várias crenças não questionadas por nós.

Quando digo "ele está sonhando", referindo-me a alguém que diz ou pensa alguma coisa que julgo impossível ou improvável, tenho igualmente muitas crenças silenciosas: acredito que sonhar é diferente de estar acordado, que, no sonho, o impossível e o improvável se apresentam como possível e provável, e também que o sonho se relaciona com o irreal, enquanto a vigília se relaciona com o que existe realmente.

Acredito, portanto, que a realidade existe fora de mim, posso percebê-la e conhecê-la tal como é, sei diferenciar realidade de ilusão.

A frase "ela ficou maluca" contém essas mesmas crenças e mais uma: a de que sabemos diferenciar razão de loucura e maluca é a pessoa que inventa uma realidade existente só para ela. Assim, ao acreditar que sei distinguir razão de loucura, acredito também que a razão se refere a uma realidade que é a mesma para todos, ainda que não gostemos das mesmas coisas.

Quando alguém diz "onde há fumaça, há fogo" ou "não saia na chuva para não se resfriar", afirma silenciosamente muitas crenças: acredita que existem relações de causa e efeito entre as coisas, que onde houver uma coisa certamente houve uma causa para ela, ou que essa coisa é causa de alguma outra (o fogo causa a fumaça como efeito, a chuva causa o resfriado como efeito). Acreditamos, assim, que a realidade é feita de causalidades, que as coisas, os fatos, as situações se encadeiam em relações causais que podemos conhecer e, até mesmo, controlar para o uso de nossa vida.

Quando avaliamos que uma casa é mais bonita do que a outra, ou que Maria está mais jovem do que Glorinha, acreditamos que as coisas, as pessoas, as situações, os fatos podem ser comparados e avaliados, julgados pela qualidade (bonito, feio, bom, ruim) ou pela quantidade (mais, menos, maior, menor). Julgamos, assim, que a qualidade e a quantidade existem, que podemos conhecê-las e usá-las em nossa vida.

Se, por exemplo, dissermos que "o sol é maior do que o vemos", também estamos acreditando que nossa percepção alcança as coisas de modos diferentes, ora tais como são em si mesmas, ora tais como nos aparecem, dependendo da distância, de nossas condições de visibilidade ou da localização e do movimento dos objetos.

Acreditamos, portanto, que o espaço existe, possui qualidades (perto, longe, alto, baixo) e quantidades, podendo ser medido (comprimento, largura, altura). No exemplo do sol, também se nota que acreditamos que nossa visão pode ver as coisas diferentemente do que elas são, mas nem por isso diremos que estamos sonhando ou que ficamos malucos.

Na briga, quando alguém chama o outro de mentiroso porque não estaria dizendo os fatos exatamente como aconteceram, está presente a nossa crença de que há diferença entre verdade e mentira. A primeira diz as coisas tais como são, enquanto a segunda faz exatamente o contrário, distorcendo a realidade.

No entanto, consideramos a mentira diferente do sonho, da loucura e do erro porque o sonhador, o louco e o que erra se iludem involuntariamente, enquanto o mentiroso decide voluntariamente deformar a realidade e os fatos.

Com isso, acreditamos que o erro e a mentira são falsidades, mas diferentes porque somente na mentira há a decisão de falsear.

Ao diferenciarmos erro de mentira, considerando o primeiro uma ilusão ou um engano involuntários e a segunda uma decisão voluntária, manifestamos silenciosamente a crença de que somos seres dotados de vontade e que dela depende dizer a verdade ou a mentira.

Ao mesmo tempo, porém, nem sempre avaliamos a mentira como alguma coisa ruim: não gostamos tanto de ler romances, ver novelas, assistir a filmes? E não são mentira? É que também acreditamos que quando alguém nos avisa que está mentindo, a mentira é aceitável, não seria uma mentira "no duro", "pra valer".

Quando distinguimos entre verdade e mentira e distinguimos mentiras inaceitáveis de mentiras aceitáveis, não estamos apenas nos referindo ao conhecimento ou desconhecimento da realidade, mas também ao caráter da pessoa, à sua moral. Acreditamos, portanto, que as pessoas, porque possuem vontade, podem ser morais ou imorais, pois cremos que a vontade é livre para o bem ou para o mal.

Na briga, quando uma terceira pessoa pede às outras duas para que sejam "objetivas" ou quando falamos dos namorados como sendo "muito subjetivos", também estamos cheios de crenças silenciosas. Acreditamos que quando alguém quer defender muito intensamente um ponto de vista, uma preferência, uma opinião, até brigando por isso, ou quando sente um grande afeto por outra pessoa, esse alguém "perde" a objetividade, ficando "muito subjetivo".

Com isso, acreditamos que a objetividade é uma atitude imparcial que alcança as coisas tais como são verdadeiramente, enquanto a subjetividade é uma atitude parcial, pessoal, ditada por sentimentos variados (amor, ódio, medo, desejo). Assim, não só acreditamos que a objetividade e a subjetividade existem, como ainda acreditamos que são diferentes e que a primeira não deforma a realidade, enquanto a segunda, voluntária ou involuntariamente, a deforma.

Ao dizermos que alguém "é legal" porque tem os mesmos gostos, as mesmas idéias, respeita ou despreza as mesmas coisas que nós e tem atitudes, hábitos e costumes muito parecidos com os nossos, estamos, silenciosamente, acreditando que a vida com as outras pessoas - família, amigos, escola, trabalho, sociedade, política - nos faz semelhantes ou diferentes em decorrência de normas e valores morais, políticos, religiosos e artísticos, regras de conduta, finalidades de vida.

Achando óbvio que todos os seres humanos seguem regras e normas de conduta, possuem valores morais, religiosos, políticos, artísticos, vivem na companhia de seus semelhantes e procuram distanciar-se dos diferentes dos quais discordam e com os quais entram em conflito, acreditamos que somos seres sociais, morais e racionais, pois regras, normas, valores, finalidades só podem ser estabelecidos por seres conscientes e dotados de raciocínio.

Como se pode notar, nossa vida cotidiana é toda feita de crenças silenciosas, da aceitação tácita de evidências que nunca questionamos porque nos parecem naturais, óbvias. Cremos no espaço, no tempo, na realidade, na qualidade, na quantidade, na verdade, na diferença entre realidade e sonho ou loucura, entre verdade e mentira; cremos também na objetividade e na diferença entre ela e a subjetividade, na existência da vontade, da liberdade, do bem e do mal, da moral, da sociedade.

A atitude filosófica

Imaginemos, agora, alguém que tomasse uma decisão muito estranha e começasse a fazer perguntas inesperadas. Em vez de "que horas são?" ou "que dia é hoje?", perguntasse: O que é o tempo? Em vez de dizer "está sonhando" ou "ficou maluca", quisesse saber: O que é o sonho? A loucura? A razão?

Se essa pessoa fosse substituindo sucessivamente suas perguntas, suas afirmações por outras: “Onde há fumaça, há fogo”, ou “não saia na chuva para não ficar resfriado”, por: O que é causa? O que é efeito?; “seja objetivo”, ou “eles são muito subjetivos”, por: O que é a objetividade? O que é a subjetividade?; “Esta casa é mais bonita do que a outra”, por: O que é “mais”? O que é “menos”? O que é o belo?

Em vez de gritar “mentiroso!”, questionasse: O que é a verdade? O que é o falso? O que é o erro? O que é a mentira? Quando existe verdade e por quê? Quando existe ilusão e por quê?

Se, em vez de falar na subjetividade dos namorados, inquirisse: O que é o amor? O que é o desejo? O que são os sentimentos?

Se, em lugar de discorrer tranqüilamente sobre “maior” e “menor” ou “claro” e “escuro”, resolvesse investigar: O que é a quantidade? O que é a qualidade?

E se, em vez de afirmar que gosta de alguém porque possui as mesmas idéias, os mesmos gostos, as mesmas preferências e os mesmos valores, preferisse analisar: O que é um valor? O que é um valor moral? O que é um valor artístico? O que é a moral? O que é a vontade? O que é a liberdade?

Alguém que tomasse essa decisão, estaria tomando distância da vida cotidiana e de si mesmo, teria passado a indagar o que são as crenças e os sentimentos que alimentam, silenciosamente, nossa existência.

Ao tomar essa distância, estaria interrogando a si mesmo, desejando conhecer por que cremos no que cremos, por que sentimos o que sentimos e o que são nossas crenças e nossos sentimentos. Esse alguém estaria começando a adotar o que chamamos de atitude filosófica.

Assim, uma primeira resposta à pergunta “O que é Filosofia?” poderia ser: A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido.

Perguntaram, certa vez, a um filósofo: “Para que Filosofia?”. E ele respondeu: “Para não darmos nossa aceitação imediata às coisas, sem maiores considerações”.

A atitude crítica

A primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, um dizer não ao senso comum, aos pré-conceitos, aos pré-juízos, aos fatos e às idéias da experiência cotidiana, ao que “todo mundo diz e pensa”, ao estabelecido.

A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que são as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos. É também uma interrogação sobre o porquê disso tudo e de nós, e uma interrogação sobre como tudo isso é assim e não de outra maneira. O que é? Por que é? Como é? Essas são as indagações fundamentais da atitude filosófica.

A face negativa e a face positiva da atitude filosófica constituem o que chamamos de atitude crítica e pensamento crítico.

A Filosofia começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do senso comum e, portanto, começa dizendo que não sabemos o que imaginávamos saber; por isso, o patrono da Filosofia, o grego Sócrates, afirmava que a primeira e fundamental verdade filosófica é dizer: “Sei que nada sei”. Para o discípulo de Sócrates, o filósofo grego Platão, a Filosofia começa com a admiração; já o discípulo de Platão, o filósofo Aristóteles, acreditava que a Filosofia começa com o espanto.

Admiração e espanto significam: tomamos distância do nosso mundo costumeiro, através de nosso pensamento, olhando-o como se nunca o tivéssemos visto antes, como se não tivéssemos tido família, amigos, professores, livros e outros meios de comunicação que nos tivessem dito o que o mundo é; como se estivéssemos acabando de nascer para o mundo e para nós mesmos e precisássemos perguntar o que é, por que é e como é o mundo, e precisássemos perguntar também o que somos, por que somos e como somos.

Para que Filosofia?

Ora, muitos fazem uma outra pergunta: afinal, para que Filosofia?

É uma pergunta interessante. Não vemos nem ouvimos ninguém perguntar, por exemplo, para que matemática ou física? Para que geografia ou geologia? Para que história ou sociologia? Para que biologia ou psicologia? Para que astronomia ou química? Para que pintura, literatura, música ou dança? Mas todo mundo acha muito natural perguntar: Para que Filosofia?

Em geral, essa pergunta costuma receber uma resposta irônica, conhecida dos estudantes de Filosofia: “A Filosofia é uma ciência com a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual”. Ou seja, a Filosofia não serve para nada. Por isso, se costuma chamar de “filósofo” alguém sempre distraído, com a cabeça no mundo da lua, pensando e dizendo coisas que ninguém entende e que são perfeitamente inúteis.

Essa pergunta, “Para que Filosofia?”, tem a sua razão de ser.

Em nossa cultura e em nossa sociedade, costumamos considerar que alguma coisa só tem o direito de existir se tiver alguma finalidade prática, muito visível e de utilidade imediata.

Por isso, ninguém pergunta para que as ciências, pois todo mundo imagina ver a utilidade das ciências nos produtos da técnica, isto é, na aplicação científica à realidade.

Todo mundo também imagina ver a utilidade das artes, tanto por causa da compra e venda das obras de arte, quanto porque nossa cultura vê os artistas como gênios que merecem ser valorizados para o elogio da humanidade. Ninguém, todavia, consegue ver para que serviria a Filosofia, donde dizer-se: não serve para coisa alguma.

Parece, porém, que o senso comum não enxerga algo que os cientistas sabem muito bem. As ciências pretendem ser conhecimentos verdadeiros, obtidos graças a procedimentos rigorosos de pensamento; pretendem agir sobre a realidade, através de instrumentos e objetos técnicos; pretendem fazer progressos nos conhecimentos, corrigindo-os e aumentando-os.

Ora, todas essas pretensões das ciências pressupõem que elas acreditam na existência da verdade, de procedimentos corretos para bem usar o pensamento, na tecnologia como aplicação prática de teorias, na racionalidade dos conhecimentos, porque podem ser corrigidos e aperfeiçoados.

Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer fatos, relação entre teoria e prática, correção e acúmulo de saberes: tudo isso não é ciência, são questões filosóficas. O cientista parte delas como questões já respondidas, mas é a Filosofia quem as formula e busca respostas para elas.

Assim, o trabalho das ciências pressupõe, como condição, o trabalho da Filosofia, mesmo que o cientista não seja filósofo. No entanto, como apenas os cientistas e filósofos sabem disso, o senso comum continua afirmando que a Filosofia não serve para nada.

Para dar alguma utilidade à Filosofia, muitos consideram que, de fato, a Filosofia não serviria para nada, se “servir” fosse entendido como a possibilidade de fazer usos técnicos dos produtos filosóficos ou dar-lhes utilidade econômica, obtendo lucros com eles; consideram também que a Filosofia nada teria a ver com a ciência e a técnica.

Para quem pensa dessa forma, o principal para a Filosofia não seriam os conhecimentos (que ficam por conta da ciência), nem as aplicações de teorias (que ficam por conta da tecnologia), mas o ensinamento moral ou ético. A Filosofia seria a arte do bem viver. Estudando as paixões e os vícios humanos, a liberdade e a vontade, analisando a capacidade de nossa razão para impor limites aos nossos desejos e paixões, ensinando-nos a viver de modo honesto e justo na companhia dos outros seres humanos, a Filosofia teria como finalidade ensinar-nos a virtude, que é o princípio do bem-viver.

Essa definição da Filosofia, porém, não nos ajuda muito. De fato, mesmo para ser uma arte moral ou ética, ou uma arte do bem-viver, a Filosofia continua fazendo suas perguntas desconcertantes e embaraçosas: O que é o homem? O que é a vontade? O que é a paixão? O que é a razão? O que é o vício? O que é a virtude? O que é a liberdade? Como nos tornamos livres, racionais e virtuosos? Por que a liberdade e a virtude são valores para os seres humanos? O que é um valor? Por que avaliamos os sentimentos e as ações humanas?

Assim, mesmo se disséssemos que o objeto da Filosofia não é o conhecimento da realidade, nem o conhecimento da nossa capacidade para conhecer, mesmo se disséssemos que o objeto da Filosofia é apenas a vida moral ou ética, ainda assim, o estilo filosófico e a atitude filosófica permaneceriam os mesmos, pois as perguntas filosóficas - o que, por que e como - permanecem.

Atitude filosófica: indagar

Se, portanto, deixarmos de lado, por enquanto, os objetos com os quais a Filosofia se ocupa, veremos que a atitude filosófica possui algumas características que são as mesmas, independentemente do conteúdo investigado. Essas características são:

- perguntar o que a coisa, ou o valor, ou a idéia, é. A Filosofia pergunta qual é a realidade ou natureza e qual é a significação de alguma coisa, não importa qual;

- perguntar como a coisa, a idéia ou o valor, é. A Filosofia indaga qual é a estrutura e quais são as relações que constituem uma coisa, uma idéia ou um valor;

- perguntar por que a coisa, a idéia ou o valor, existe e é como é. A Filosofia pergunta pela origem ou pela causa de uma coisa, de uma idéia, de um valor.

A atitude filosófica inicia-se dirigindo essas indagações ao mundo que nos rodeia e às relações que mantemos com ele. Pouco a pouco, porém, descobre que essas questões se referem, afinal, à nossa capacidade de conhecer, à nossa capacidade de pensar.

Por isso, pouco a pouco, as perguntas da Filosofia se dirigem ao próprio pensamento: o que é pensar, como é pensar, por que há o pensar? A Filosofia torna-se, então, o pensamento interrogando-se a si mesmo. Por ser uma volta que o pensamento realiza sobre si mesmo, a Filosofia se realiza como reflexão.

A reflexão filosófica

Reflexão significa movimento de volta sobre si mesmo ou movimento de retorno a si mesmo. A reflexão é o movimento pelo qual o pensamento volta-se para si mesmo, interrogando a si mesmo.

A reflexão filosófica é radical porque é um movimento de volta do pensamento sobre si mesmo para conhecer-se a si mesmo, para indagar como é possível o próprio pensamento.

Não somos, porém, somente seres pensantes. Somos também seres que agem no mundo, que se relacionam com os outros seres humanos, com os animais, as plantas, as coisas, os fatos e acontecimentos, e exprimimos essas relações tanto por meio da linguagem quanto por meio de gestos e ações.

A reflexão filosófica também se volta para essas relações que mantemos com a realidade circundante, para o que dizemos e para as ações que realizamos nessas relações.

A reflexão filosófica organiza-se em torno de três grandes conjuntos de perguntas ou questões:

1. Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos e fazemos o que fazemos? Isto é, quais os motivos, as razões e as causas para pensarmos o que pensamos, dizermos o que dizemos, fazermos o que fazemos?

2. O que queremos pensar quando pensamos, o que queremos dizer quando falamos, o que queremos fazer quando agimos? Isto é, qual é o conteúdo ou o sentido do que pensamos, dizemos ou fazemos?

3. Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos, fazemos o que fazemos? Isto é, qual é a intenção ou a finalidade do que pensamos, dizemos e fazemos?

Essas três questões podem ser resumidas em: O que é pensar, falar e agir? E elas pressupõem a seguinte pergunta: Nossas crenças cotidianas são ou não um saber verdadeiro, um conhecimento?

Como vimos, a atitude filosófica inicia-se indagando: O que é? Como é? Por que é?, dirigindo-se ao mundo que nos rodeia e aos seres humanos que nele vivem e com ele se relacionam. São perguntas sobre a essência, a significação ou a estrutura e a origem de todas as coisas.

Já a reflexão filosófica indaga: Por quê?, O quê?, Para quê?, dirigindo-se ao pensamento, aos seres humanos no ato da reflexão. São perguntas sobre a capacidade e a finalidade humanas para conhecer e agir.

Filosofia: um pensamento sistemático

Essas indagações fundamentais não se realizam ao acaso, segundo preferências e opiniões de cada um de nós. A Filosofia não é um “eu acho que” ou um “eu gosto de”. Não é pesquisa de opinião à maneira dos meios de comunicação de massa. Não é pesquisa de mercado para conhecer preferências dos consumidores e montar uma propaganda.

As indagações filosóficas se realizam de modo sistemático.

Que significa isso?


Significa que a Filosofia trabalha com enunciados precisos e rigorosos, busca encadeamentos lógicos entre os enunciados, opera com conceitos ou idéias obtidos por procedimentos de demonstração e prova, exige a fundamentação racional do que é enunciado e pensado. Somente assim a reflexão filosófica pode fazer com que nossa experiência cotidiana, nossas crenças e opiniões alcancem uma visão crítica de si mesmas. Não se trata de dizer “eu acho que”, mas de poder afirmar “eu penso que”.

O conhecimento filosófico é um trabalho intelectual. É sistemático porque não se contenta em obter respostas para as questões colocadas, mas exige que as próprias questões sejam válidas e, em segundo lugar, que as respostas sejam verdadeiras, estejam relacionadas entre si, esclareçam umas às outras, formem conjuntos coerentes de idéias e significações, sejam provadas e demonstradas racionalmente.

Quando o senso comum diz “esta é minha filosofia” ou “isso é a filosofia de fulana ou de fulano”, engana-se e não se engana.

Engana-se porque imagina que para “ter uma filosofia” basta alguém possuir um conjunto de idéias mais ou menos coerentes sobre todas as coisas e pessoas, bem como ter um conjunto de princípios mais ou menos coerentes para julgar as coisas e as pessoas. “Minha filosofia” ou a “filosofia de fulano” ficam no plano de um “eu acho” coerente.

Mas o senso comum não se engana ao usar essas expressões porque percebe, ainda que muito confusamente, que há uma característica nas idéias e nos princípios que nos leva a dizer que são uma filosofia: a coerência, as relações entre as idéias e entre os princípios. Ou seja, o senso comum pressente que a Filosofia opera sistematicamente, com coerência e lógica, que a Filosofia tem uma vocação para formar um todo daquilo que aparece de modo fragmentado em nossa experiência cotidiana.

Em busca de uma definição da Filosofia

Quando começamos a estudar Filosofia, somos logo levados a buscar o que ela é. Nossa primeira surpresa surge ao descobrirmos que não há apenas uma definição da Filosofia, mas várias. A segunda surpresa vem ao percebermos que, além de várias, as definições parecem contradizer-se. Eis porque muitos, cheios de perplexidade, indagam: afinal, o que é a Filosofia que sequer consegue dizer o que ela é?

Uma primeira aproximação nos mostra pelo menos quatro definições gerais do que seria a Filosofia:

1. Visão de mundo de um povo, de uma civilização ou de uma cultura. Filosofia corresponde, de modo vago e geral, ao conjunto de idéias, valores e práticas pelos quais uma sociedade apreende e compreende o mundo e a si mesma, definindo para si o tempo e o espaço, o sagrado e o profano, o bom e o mau, o justo e o injusto, o belo e o feio, o verdadeiro e o falso, o possível e o impossível, o contingente e o necessário.

Qual o problema dessa definição? Ela é tão genérica e tão ampla que não permite, por exemplo, distinguir a Filosofia e religião, Filosofia e arte, Filosofia e ciência. Na verdade, essa definição identifica Filosofia e Cultura, pois esta é uma visão de mundo coletiva que se exprime em idéias, valores e práticas de uma sociedade.

A definição, portanto, não consegue acercar-se da especificidade do trabalho filosófico e por isso não podemos aceitá-la.

2. Sabedoria de vida. Aqui, a Filosofia é identificada com a definição e a ação de algumas pessoas que pensam sobre a vida moral, dedicando-se à contemplação do mundo para aprender com ele a controlar e dirigir suas vidas de modo ético e sábio.

A Filosofia seria uma contemplação do mundo e dos homens para nos conduzir a uma vida justa, sábia e feliz, ensinando-nos o domínio sobre nós mesmos, sobre nossos impulsos, desejos e paixões. É nesse sentido que se fala, por exemplo, numa filosofia do budismo.

Esta definição, porém, nos diz, de modo vago, o que se espera da Filosofia (a sabedoria interior), mas não o que é e o que faz a Filosofia e, por isso, também não podemos aceitá-la.

3. Esforço racional para conceber o Universo como uma totalidade ordenada e dotada de sentido. Nesse caso, começa-se distinguindo entre Filosofia e religião e até mesmo opondo uma à outra, pois ambas possuem o mesmo objeto (compreender o Universo), mas a primeira o faz através do esforço racional, enquanto a segunda, por confiança (fé) numa revelação divina.

Ou seja, a Filosofia procura discutir até o fim o sentido e o fundamento da realidade, enquanto a consciência religiosa se baseia num dado primeiro e inquestionável, que é a revelação divina indemonstrável.

Pela fé, a religião aceita princípios indemonstráveis e até mesmo aqueles que podem ser considerados irracionais pelo pensamento, enquanto a Filosofia não admite indemonstrabilidade e irracionalidade. Pelo contrário, a consciência filosófica procura explicar e compreender o que parece ser irracional e inquestionável.

No entanto, esta definição também é problemática, porque dá à Filosofia a tarefa de oferecer uma explicação e uma compreensão totais sobre o Universo, elaborando um sistema universal ou um sistema do mundo, mas sabemos, hoje, que essa tarefa é impossível.

Há pelo menos duas limitações principais a esta pretensão totalizadora: em primeiro lugar, porque a explicação sobre a realidade também é oferecida pelas ciências e pelas artes, cada uma das quais definindo um aspecto e um campo da realidade para estudo (no caso das ciências) e para a expressão (no caso das artes), já não sendo pensável uma única disciplina que pudesse abranger sozinha a totalidade dos conhecimentos; em segundo lugar, porque a própria Filosofia já não admite que seja possível um sistema de pensamento único que ofereça uma única explicação para o todo da realidade. Por isso, esta definição também não pode ser aceita.

4. Fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas. A Filosofia, cada vez mais, ocupa-se com as condições e os princípios do conhecimento que pretenda ser racional e verdadeiro; com a origem, a forma e o conteúdo dos valores éticos, políticos, artísticos e culturais; com a compreensão das causas e das formas da ilusão e do preconceito no plano individual e coletivo; com as transformações históricas dos conceitos, das idéias e dos valores.

A Filosofia volta-se, também, para o estudo da consciência em suas várias modalidades: percepção, imaginação, memória, linguagem, inteligência, experiência, reflexão, comportamento, vontade, desejo e paixões, procurando descrever as formas e os conteúdos dessas modalidades de relação entre o ser humano e o mundo, do ser humano consigo mesmo e com os outros. Finalmente, a Filosofia visa ao estudo e à interpretação de idéias ou significações gerais como: realidade, mundo, natureza, cultura, história, subjetividade, objetividade, diferença, repetição, semelhança, conflito, contradição, mudança, etc.

Sem abandonar as questões sobre a essência da realidade, a Filosofia procura diferenciar-se das ciências e das artes, dirigindo a investigação sobre o mundo natural e o mundo histórico (ou humano) num momento muito preciso: quando perdemos nossas certezas cotidianas e quando as ciências e as artes ainda não ofereceram outras certezas para substituir as que perdemos.

Em outras palavras, a Filosofia se interessa por aquele instante em que a realidade natural (o mundo das coisas) e a histórica (o mundo dos homens) tornam-se estranhas, espantosas, incompreensíveis e enigmáticas, quando o senso comum já não sabe o que pensar e dizer e as ciências e as artes ainda não sabem o que pensar e dizer.

Esta última descrição da atividade filosófica capta a Filosofia como análise (das condições da ciência, da religião, da arte, da moral), como reflexão (isto é, volta da consciência para si mesma para conhecer-se enquanto capacidade para o conhecimento, o sentimento e a ação) e como crítica (das ilusões e dos preconceitos individuais e coletivos, das teorias e práticas científicas, políticas e artísticas), essas três atividades (análise, reflexão e crítica) estando orientadas pela elaboração filosófica de significações gerais sobre a realidade e os seres humanos. Além de análise, reflexão e crítica, a Filosofia é a busca do fundamento e do sentido da realidade em suas múltiplas formas indagando o que são, qual sua permanência e qual a necessidade interna que as transforma em outras. O que é o ser e o aparecer-desaparecer dos seres?

A Filosofia não é ciência: é uma reflexão crítica sobre os procedimentos e conceitos científicos. Não é religião: é uma reflexão crítica sobre as origens e formas das crenças religiosas. Não é arte: é uma interpretação crítica dos conteúdos, das formas, das significações das obras de arte e do trabalho artístico. Não é sociologia nem psicologia, mas a interpretação e avaliação crítica dos conceitos e métodos da sociologia e da psicologia. Não é política, mas interpretação, compreensão e reflexão sobre a origem, a natureza e as formas do poder. Não é história, mas interpretação do sentido dos acontecimentos enquanto inseridos no tempo e compreensão do que seja o próprio tempo. Conhecimento do conhecimento e da ação humanos, conhecimento da transformação temporal dos princípios do saber e do agir, conhecimento da mudança das formas do real ou dos seres, a Filosofia sabe que está na História e que possui uma história.

Inútil? Útil?

O primeiro ensinamento filosófico é perguntar: O que é o útil? Para que e para quem algo é útil? O que é o inútil? Por que e para quem algo é inútil?

O senso comum de nossa sociedade considera útil o que dá prestígio, poder, fama e riqueza. Julga o útil pelos resultados visíveis das coisas e das ações, identificando utilidade e a famosa expressão “levar vantagem em tudo”. Desse ponto de vista, a Filosofia é inteiramente inútil e defende o direito de ser inútil.

Não poderíamos, porém, definir o útil de outra maneira?

Platão definia a Filosofia como um saber verdadeiro que deve ser usado em benefício dos seres humanos.

Descartes dizia que a Filosofia é o estudo da sabedoria, conhecimento perfeito de todas as coisas que os humanos podem alcançar para o uso da vida, a conservação da saúde e a invenção das técnicas e das artes.

Kant afirmou que a Filosofia é o conhecimento que a razão adquire de si mesma para saber o que pode conhecer e o que pode fazer, tendo como finalidade a felicidade humana.

Marx declarou que a Filosofia havia passado muito tempo apenas contemplando o mundo e que se tratava, agora, de conhecê-lo para transformá-lo, transformação que traria justiça, abundância e felicidade para todos.

Merleau-Ponty escreveu que a Filosofia é um despertar para ver e mudar nosso mundo.

Espinosa afirmou que a Filosofia é um caminho árduo e difícil, mas que pode ser percorrido por todos, se desejarem a liberdade e a felicidade.

Qual seria, então, a utilidade da Filosofia?

Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes.

Marilena Chauí


“Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes.”
(Marilena Chaui)


Marilena Chauí é filósofa e professora da Faculdade de Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH). Escreveu inúmeros livros, dentre os quais: "Convite à Filosofia", 1994. Nele, Marilena se apóia numa filosofia humanitária para esclarecer alguns dilemas mundiais e suas especificidades brasileiras.
"Convite à Filosofia" será nosso guia para entendermos (ou tentarmos) como as Ciencias relacionam-se entre si tendo como guia de saber a Mãe Filosofia.

Arqueologia

Arqueologia (do grego, « archaios », antigo, e « logos », discurso depois estudo, ciência) é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais. É uma ciência social, isto é, que estuda as sociedades, podendo ser tanto as que ainda existem, quanto as já extintas, através de seus restos materiais, sejam estes móveis (como por exemplo um objeto de arte, as vénus) ou objetos imóveis (como é o caso das estruturas arquitectónicas). Incluem-se também no seu campo de estudos as intervenções feitas pelo Homem no meio ambiente.

A maioria dos primeiros arqueólogos, que aplicaram sua disciplina aos estudos das antiguidades, definiram a arqueologia como o estudo sistemático dos restos materiais da vida humana já desaparecida. Outros arqueólogos enfatizaram aspectos psicológico-comportamentais e definiram a arqueologia como a reconstrução da vida dos povos antigos.

Em alguns países a arqueologia é considerada como uma disciplina pertencente à antropologia; enquanto esta se centra no estudo das culturas humanas, a arqueologia dedica-se ao estudo das manifestações materiais destas. Deste modo, enquanto as antigas gerações de arqueólogos estudavam um antigo instrumento de cerâmica como um elemento cronológico que ajudaria a pôr-lhe uma data à cultura que era objeto de estudo, ou simplesmente como um objeto com um verdadeiro valor estético, os antropólogos veriam o mesmo objecto como um instrumento que lhes serviria para compreender o pensamento, os valores e a própria sociedade a que pertenceram.

Direito

A palavra direito possui mais de um significado correlato:

_sistema de normas de conduta imposto por um conjunto de instituições para regular as relações sociais[1]: o que os juristas chamam de direito objetivo, a que os leigos se referem quando dizem "o direito proíbe a poligamia". Neste sentido, equivale ao conceito de "ordem jurídica". Este significado da palavra pode ter outras ramificações:
_como o sistema ou conjunto de normas jurídicas de um determinado país ou jurisdição ("o direito português"); ou
_como o conjunto de normas jurídicas de um determinado ramo do direito ("o direito penal", "o direito de família").
faculdade concedida a uma pessoa para mover a ordem jurídica a favor de seus interesses[2]: o que os juristas chamam de direitos subjetivos, a que os leigos se referem quando dizem "eu tenho o direito de falar o que eu quiser" ou "ele tinha direito àquelas terras".
_ramo das ciências sociais que estuda o sistema de normas que regulam as relações sociais: o que os juristas chamam de ciência do direito, a que os leigos se referem quando dizem "eu preciso estudar direito comercial para conseguir um bom emprego".

Apesar da existência milenar do direito nas sociedades humanas e de sua estreita relação com a civilização[3] (costuma-se dizer que "onde está a sociedade, ali está o direito"), há um grande debate entre os filósofos do direito acerca do seu conceito e de sua natureza. Mas, qualquer que sejam estes últimos, o direito é essencial à vida em sociedade, ao definir direitos e obrigações entre as pessoas e ao resolver os conflitos de interesse. Seus efeitos sobre o cotidiano das pessoas vão desde uma simples corrida de táxi até a compra de um imóvel, desde uma eleição presidencial até a punição de um crime, dentre outros exemplos.

O direito é tradicionalmente dividido em ramos, como o direito civil, direito penal, direito comercial, direito constitucional, direito administrativo e outros, cada um destes responsável por regular as relações interpessoais nos diversos aspectos da vida em sociedade.

No mundo, cada Estado adota um direito próprio ao seu país, donde se fala em "direito brasileiro", direito português”, "direito chinês" e outros. Aqueles "direitos nacionais" costumam ser reunidos pelos juristas em grandes grupos: os principais são o grupo dos direitos de origem romano-germânica (com base no antigo direito romano; o direito português e o direito brasileiro fazem parte deste grupo) e o grupo dos direitos de origem anglo-saxã (Common Law, como o inglês e o estadunidense), embora também haja grupos de direitos com base religiosa, dentre outras (ver Direito comparado). Há também direitos supranacionais, como o direito da União Européia. Por sua vez, o direito internacional regula as relações entre Estados no plano internacional.

Geografia

Geografia é o estudo da superfície terrestre e a distribuição espacial de fenômenos geográficos, frutos da relação recíproca entre homem e meio ambiente, mas também pode ser: Geografia é uma prática humana de conhecer o espaço onde se vive, para planejar onde se vive.

O profissional que estuda a geografia é o geógrafo.

Há muitas interpretações do que seria o objecto geográfico. Ratzel afirma que a Geografia estuda as relações recíprocas entre sociedade e meio, entre a vida e o palco de seus acontecimentos. Filósofos que buscaram criar uma ontologia marxista como Georg Lukács, influenciaram a construção de um modelo de análise do objecto da Geografia. Milton Santos se debruçou sobre a construção de um modelo ontológico, explicitado na análise dialéctica do movimento da totalidade para o lugar.

Uma afirmação comum é de que Há tantas geografias quanto forem os geógrafos. Apesar de as múltiplas possibilidades de orientações teórico metodológicas caminharem em direcções diferentes, deve-se respeitar a caracterização da Ciência Geográfica e as formulações acerca de seu objecto.

Cabe ainda afirmar que a distinção entre Geografia Humana e Geografia Física se refere aos ramos da Ciência Geográfica, pois as Geograficidades não apresentam essa fragmentação, decorrente exclusivamente da construção do conhecimento sobre a realidade.

De qualquer forma a ciêcia social deve dar conta de questionar a relação dialética do homem com a natureza, é impossível analisar o "meio natural" sem entender a relação que tem com o homem e da mesma forma é impossível analisar o "meio social" sem compreender as determinações que vem da relação que tem com a natureza. Há ainda discussões entre a Geografia técnica e a Geografia escolar, porem ambas parte do conheciemento cientifico apurado através do quetionamento da razão, ou seja "advem" da filosofia clássica...

Economia



Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços. O termo economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí "regras da casa (lar)."

Uma definição que captura muito da ciência econômica moderna é a de Lionel Robbins em um ensaio de 1932: "a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos." Escassez significa que os recursos disponíveis são insuficientes para satisfazer todas as necessidades e desejos. Estando ausentes a escassez dos recursos e a possibilidade de fazer usos alternativos desses recursos, não haverá problema econômico. A disciplina assim definida envolve portanto o estudo das escolhas uma vez que são afetadas por incentivos e recursos.

As áreas da ciência econômica podem ser divididas e classificadas de várias formas e em vários tipos, inclusive:

_microeconomia e macroeconomia
_economia positiva ("o que é") e economia normativa ("o que deveria ser")
_economia ortodoxa e economia heterodoxa
_campos e categorias mais amplas dentro da economia.

Um dos usos da economia é explicar como as economias, como sistemas econômicos, funcionam e quais são as relações entre agentes econômicos na sociedade em geral. Métodos de análise econômica tem sido cada vez mais aplicados em campos de estudo que envolvem pessoas que tomam decisões em um contexto social, como crime, educação, a família, saúde, direito, política, religião, instituições sociais, e guerra.

Pedagogia




A Pedagogia é a ciência ou disciplina cujo objetivo é a reflexão, ordenação, a sistematização e a crítica do processo educativo.

A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução).

Atualmente, denomina-se pedagogo o profissional cuja formação é a Pedagogia, que no Brasil é uma graduação da categoria Licenciatura ou Gestão Escolar (administração escolar, orientação pedagógica e coordenação educacional). Devido a sua abrangência, a Pedagogia engloba diversas disciplinas, que podem ser reunidas em três grupos básicos: Disciplinas filosóficas, Disciplinas científicas e Disciplinas técnico-pedagógicas.

Linguística

A Lingüística (português brasileiro) ou Linguística (português europeu) (AO 1990: Linguística) é o estudo científico da linguagem verbal humana. Um lingüista é alguém que se dedica a esse estudo. A pesquisa lingüística é feita por muitos especialistas que, geralmente, não concordam harmoniosamente sobre o seu conteúdo. O jornalista norte-americano Russ Rymer disse, ironicamente:[1]

A Lingüística é a parte do conhecimento mais fortemente debatida no mundo acadêmico. Ela está encharcada com o sangue de poetas, teólogos, filósofos, filólogos, psicólogos, biólogos e neurologistas além de, não importa o quão pouco, qualquer sangue possível de ser extraído de gramáticos.

Alternativamente, alguns chamam informalmente de lingüista a uma pessoa versada ou conhecedora de muitas línguas, embora um termo mais adequado para este fim seja poliglota.

Ciencia Política

Ciência política é o estudo da política — dos sistemas políticos, das organizações e dos processos políticos. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de estrutura) e dos processos de governo — ou qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis. Os cientistas políticos podem estudar instituições como corporações(ou empresas, no Brasil), uniões (ou sindicatos, no Brasil), igrejas, ou outras organizações cujas estruturas e processos de ação se aproximem de um governo, em complexidade e interconexão.

Existe no interior da ciência política uma discussão acerca do objeto de estudo desta ciência, que, para alguns, é o Estado e, para outros, o poder. A primeira posição restringe o objeto de estudo da ciência política; a segunda amplia. A posição da maioria dos cientistas políticos, segundo Maurice Duverger, é essa visão mais abrangente de que o objeto de estudo da ciência política é o poder.

O termo "ciência política" foi cunhado em 1880 por Herbert Baxter Adams, professor de História da Universidade Johns Hopkins.

A ciência política é a teoria e prática da política e a descrição e análise dos sistemas políticos e do comportamento político.

A ciência política abrange diversos campos, como a teoria e a filosofia políticas, os sistemas políticos, ideologia, teoria dos jogos, economia política, geopolítica, geografia política, análise de políticas públicas, política comparada, relações internacionais, análise de relações exteriores, política e direito internacionais, estudos de administração pública e governo, processo legislativo, direito público (como o direito constitucional) e outros.

A ciência política emprega diversos tipos de metodologia. As abordagens da disciplina incluem a filosofia política clássica, interpretacionismo, estruturalismo, behaviorismo, racionalismo, realismo, pluralismo e institucionalismo. Na qualidade de uma das ciências sociais, a ciência política usa métodos e técnicas que podem envolver tanto fontes primárias (documentos históricos, registros oficiais) quanto secundárias (artigos acadêmicos, pesquisas, análise estatística, estudos de caso e construção de modelos).

Sociologia

A Sociologia é uma ciência que estuda a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo na sua singularidade é estudado pela Psicologia, a Sociologia tem uma base teórico-metodológica, que serve para estudar os fenômenos sociais, tentando explicá-los, analisando os homens em suas relações de interdependência. Compreender as diferentes sociedades e culturas é um dos objetivos da Sociologia.(Demeterco, Solange Menezes da Silva, Sociologia da Educação, Curitiba: IESDE: Brasil S.A., 2ªed.,p. 6, 2006). Os resultados da pesquisa sociológica não são de interesse apenas de sociólogos. Cobrindo todas as áreas do convívio humano — desde as relações na família até a organização das grandes empresas, o papel da política na sociedade ou o comportamento religioso —, a Sociologia pode vir a interessar, em diferentes graus de intensidade, a diversas outras áreas do saber. Entretanto, o maior interessado na produção e sistematização do conhecimento sociológico atualmente é o Estado, normalmente o principal financiador da pesquisa desta disciplina científica.

Assim como toda ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. Ainda que esta tarefa não seja objetivamente alcançável, é tarefa da Sociologia transformar as malhas da rede com a qual a ela capta a realidade social cada vez mais estreitas. Por essa razão, o conhecimento sociológico, através dos seus conceitos, teorias e métodos, pode constituir para as pessoas um excelente instrumento de compreensão das situações com que se defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas relações sociais e, conseqüentemente, de si mesmas como seres inevitavelmente sociais.

A Sociologia ocupa-se, ao mesmo tempo, das observações do que é repetitivo nas relações sociais para daí formular generalizações teóricas; e também se interessa por eventos únicos sujeitos à inferência sociológica (como, por exemplo, o surgimento do capitalismo ou a gênese do Estado Moderno), procurando explicá-los no seu significado e importância singulares.

História




História (do grego antigo historie, que significa testemunho, no sentido daquele que vê) é a ciência que estuda o Homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. Por metonímia, o conjunto destes processos e eventos. A palavra história tem sua origem nas «investigações» de Heródoto, cujo termo em grego antigo é Ἱστορίαι (Historíai). Todavia, será Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o cruzamento de dados e fontes diferentes.

O estudo histórico começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações dos seus antepassados. Esse estudo, do ponto de vista europeu, divide-se em dois grandes períodos: Pré-História e História.

Os historiadores usam várias fontes de informação para construir a sucessão de processos históricos, como, por exemplo, escritos, gravações, entrevistas (História oral) e achados arqueológicos. Algumas abordagens são mais frequentes em certos períodos do que em outros e o estudo da História também acaba apresentando costumes e modismos (o historiador procura, no presente, respostas sobre o passado, ou seja, é influenciado pelo presente). (veja historiografia e História da História).

Os eventos anteriores aos registos escritos pertencem à Pré-História e as sociedades que co-existem com sociedades que já conhecem a escrita (é o caso, por exemplo, dos povos celtas da cultura de La Tène) pertencem à Proto-História.

Antropologia




Antropologia (cuja origem etimológica deriva do grego άνθρωπος anthropos, (homem / pessoa) e λόγος (logos - razão / pensamento) é a ciência preocupada em estudar o homem e a humanidade de maneira totalizante, ou seja, abrangendo todas as suas dimensões [1]. A divisão clássica da Antropologia distingue a Antropologia Cultural da Antropologia Biológica. Cada uma destas, em sua construção abrigou diversas correntes de pensamento.

Pode-se afirmar que há poucas décadas a antropologia conquistou seu lugar entre as ciências. Primeiramente, foi considerada como a história natural e física do homem e do seu processo evolutivo, no espaço e no tempo. Se por um lado essa concepção vinha satisfazer o significado literal da palavra, por outro restringia o seu campo de estudo às características do homem físico. Essa postura marcou e limitou os estudos antropológicos por largo tempo, privilegiando a antropometria, ciência que trata das mensurações do homem fóssil e do homem vivo.

Helloooooo....

Bem, a presente página tem como objetivo servir como um elo de ligação entre Professor x Alunos. Aqui postaremos curiosidades, atualidades, nossas disciplinas, algumas questões (que poderão cair nas provas), e, o principal de tudo: um espaço onde poderão colocar suas dúvidas e questionamentos e assim, juntos, os resolveremos!
Grande beijo à todos meus queridos alunos!
See you soon!