quinta-feira, 18 de junho de 2009

A Etica Protestante e o Espirito do Capitalismo, Max Weber.

E comum ouvir dizer...Religiao, Futebol e Mulher nao se discutem!
No entanto, falar de politica, poder e ideologia sem mencionar religiao (ou a ausencia dela), eu diria, ser algo, quase, impossivel.Afinal, como vimos, o desenvolvimento (ou nao) de muitos paises, inclusive das grandes potencias da atualidade foram movidas pelo o que criam (ou ainda creem).
Em a Etica Protestante, Weber traca detalhadamente o tipo ideal de conduta religiosa que contribuiu decisivamente para o desenvolvimento qualitativo do capitalismo. Trata-se do ascetismo intra-mundano vivenciado pelos seguintes segmentos do protestantismo: calvinismo, pietismo, metodismo e seitas batistas.
Em suma, o ascetismo intramundano praticado pelos puritanos_ com seu elevado grau de racionalizacao_ engendrou segundo Weber, o espirito ao capitalismo, produzindo empresarios e trabalhadores ideais para a consolidacao de uma nova ordem mundial, que integrou como nenhuma outra, um numero excepcional de pessoas sintonizadas entre si, para canalizar esforcos produtivos (na economia) conforme a orientacao (politica) preestabelecida.

Entao, Terceirao...
Explique e argumente a seguinte hipotese de Max Weber:"Etica Protestante: ha algo no estilo de vida daqueles que professam o protestantismo que favorece o capitalismo."
Fato? Refutavel? Balela? Seja critico!

Ao Segundao...
Reflita sobre o espirito do capitalismo e em seguida analise quais teriam sido as reais consequencias e influencias desse sistema economico e a postura do homem diante da riqueza e exploracao do outro, visando lucros. A ambicao, que hoje guia deliberadamente os atos do homem, seria propria de uma sociedade capitalista ou ja estaria incrustada na alma do ser humano, antes mesmo do contato com religioes ou filosofias economicas? E, entao, o que me dizem???

Formativa valendo de 0 a 10.
Grande abraco!
Sandra
:)

4 comentários:

  1. Mas haverá alguma coisa "incrustrada na alma do ser humano" independentemente destas ou daquelas influências?

    Há algumas sociedades (muito simples, pouco desenvolvidas) em que a ambição parece ter a ver com outras coisas que não a acumulação de bens materiais (ser o melhor caçador, por exemplo...) - mas isso tem a ver com as suas condições de vida: são caçadores-recolectores e não são sedentários, por isso não podem acumular bens (não seria prático transportá-los!)

    Em todas as sociedades com algum desenvolvimento a posse de bens materiais (dinheiro, ouro, terras, etc.) foi e é valorizada. Porque é a única amneira de ter desenvolvimento, conforto, etc. O que talvez esteja inscrito na alma humana é o gosto pelo conforto e pela segurança...

    Culpar o capitalismo por isso é ingénuo. O capitalismo é pelo contrário uma consequência disso, pois revela ser mais eficaz e produtivo (e mais compatível com a democracia) que qualquer outra forma de organização económica.
    Claro que é preciso haver regras e instituições reguladoras e os políticos não se podem demitir das suas funções.

    Seja como for, o capitalismo não é nenhum bicho papão e não merece o mau nome que tem (nomeadamente entre a maioria dos cientistas sociais, que talvez abordem o fenómeno sem a isenção científica necessária).

    Já agora:
    Max Weber não era propriamente um crítico do capitalismo.
    O que escreveu acerca da relação entre o protestantismo e o capitalismo tem a ver com o facto de, durante séculos, a Igreja Católica ter condenado e dificultado operações financeiras como o empréstimo com juros considerando que eram manifestações do pecado da usura. Como o protestantismo acabou com essas atitudes irracionais e valoriza o trabalho favoreceu o desenvolvimento do capitalismo...

    cumprimentos

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  2. Caro Carlos,

    Seja Bem Vindo e Grata por sua contribuição em meu humilde blog...
    Grande abraço direto de Terras Niponicas!
    Sandra

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  3. Consequentemente ajudou a gerar sim o Capitalismo, mas essa nunca foi a intensao da reforma protestante, eles so consideravam um gesto egoista a condenaçao da vida monocal, achavam que isso afastava o "homem das tarefas deste mundo" e proporam que, ao inves disso descobrissem as suas verdadeiras vocaçoes de trabalho para estabelecer um vinculo mais firme e permanente com o proximo pra que os principios da soliedariedade e fraternidade crista nao se reduzissem a conceitos vazios.
    Isso teve efeitos duradouros nas estruturas socio-economica e assim levou a populaçao num mundo produtivo e nao mais contemplativo como antes.

    Aluna T*

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  4. Leonardo Gragnani Tanoue9 de julho de 2009 às 01:50

    Olá! ^^
    Dizer que uma nação protestante ou até mesmo não-católica, ou seja a maioria da sua população segue outras religiões, tem uma tendencia de estar na sempre na frente no nosso mundo capitalista está correto. Muitos católicos devem discordar com a afirmação mas eu, batizado na igreja católica, acredito que o modo de vida passado por religiões como o protestantismo prega o acumulo de riquezas e o trabalho duro algo bom, ao contrario do que acontece no catolicismo.
    Religião é algo muito delicado, e ao mesmo tempo muito sólido e poderoso; e sempre foi assim, o poder da igreja católica no passado era impressionante, o que a igreja, ou melhor o papa quizesse, seria feito. Com o Iluminismo, Reforma Luterana, pessoas como Martin Lutero, João Calvino, Luiz XIV, esse molde católico decaiu bastante, mas o catolicismo continua como religião mais "popular" do mundo.
    É muito interessante o ponto de vista apresentado por Max Weber mostrando como as maiores pontencias do mundo hoje são países não-católicos. É claro que esse não é o a UNICA explicação, mas tem uma grande influencia. Do meu ponto de vista, você não precisa nem ao menos seguir uma religião para alcançar sucesso financeiro, politico, fama, poder, etc; o que é realmente necessario é um profundo conhecimento do sistema, saber como usa-lo, abusa-lo e trapacea-lo; e quando eu falo sistema eu me direciono a todos que vem a cabeça: capitalista, judiciario, empresarial, marketing....

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