sábado, 4 de julho de 2009

Quando não se vive as fases corretas da vida...


Quando fiz Introdução à Psicologia, estudei um quadro interessante...
Vivemos em ciclos e cada qual deve ser vivido em seu momento certo. Quando se pula fases, mais cedo ou mais tarde, esses ciclos poderão vir a aflorar e então, presenciaremos algumas bizarrices.
Nunca li tanto à respeito de Michael Jackson como esta semana que se seguiu após sua morte. Cresci ao som de Michael Jackson, lembro-me perfeitamente daquele poster de seu álgum Thriller 'pregado'na parede, no entanto...com tantos links em todo e qualquer site que entrava, impossível era não acessar e ler e ler e ler um pouco mais do que os diversos tablóides estampam sobre sua vida póstuma.
O grande problema das celebridades é que chega uma ocasião em que não os vemos mais como seres humanos, às vezes até esquecemos que os são e esquecemos até mesmo que eles, infelizmente morrem. Mas, enfim...
Voltando aos ciclos...o que dizer deste personagem que aos 50 anos, já tinha 45 de carreira? Quando se é criança...deveria se viver como criança: brincar, ter amigos...não foi o caso de Michael...tão novo e tão cheio de responsabilidades e cobranças...uma criança que vivia como um adulto!
Daí, inevitavelmente...convivemos com um Michael adulto que queria viver a todo custo a infancia perdida...com uma síndrome de Peter Pan...que não queria envelhecer, queria brincar e para isso até construiu, dispondo de milhões e milhões de dólares, tanto para a construção como para manutenção, um Parque de Diversões no seu intrigante rancho "Neverland"...
Ora, não vou aqui fechar os olhos para suas más atitudes...no entanto, é preciso reconhecer que o ser humano Michael Joseph Jackson era alguém sozinho, triste e com um imenso vazio existencial!
Era no palco, encenando, dançando, cantando, compondo que ele se encontrava e então, dessa forma, nos brindou com músicas e coreografias inesquecíveis.

E que fiquem as boas recordações...

2 comentários:

  1. Escreveu-se muito sobre MJ mas na maioria dos escritos a qualidade da sua música foi abordada acriticamente. E quase não se mencionou as coisas sombrias: as tentativas para ficar branco (!!!), as operações plásticas, o comportamento bizarro e "infantil", as suspeitas de pedofilia, a problemática paternidade daquelas crianças...
    Respeito pelos mortos? Dúvido. Seja como for, respeito pelos mortos não pode significar esquecimento nme... "branqueamento"

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  2. Por isso disse...que fiquem as boas recordações...porque se mencionarmos as más, com certeza, suplantarão as boas e...não é o que desejamos?
    Que ostentem nossas boas qualidades e não as ruins que por ventura, celebres ou não, possuímos, no mais recondito de nossas almas!?!
    Grande beijo Carlos!

    http://www.youtube.com/watch?v=yQVx-5Hh8EU&feature=related

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